Os escritórios David Chipperfield Architects Berlin e Arup divulgaram o projeto para a arena dos Jogos Olímpicos de Inverno de Milão 2026. A estrutura será erguida no coração do bairro milanês de Santa Giulia, um novo distrito urbano atualmente em redesenvolvimento na região sudeste da cidade. A nova arena irá receber esportes e eventos culturais com capacidade para até 16 mil pessoas, e irá oferecer a públicos de todas as origens uma vasta área externa para promover reuniões sociais e atividades recreativas.
O plano diretor de Santa Giulia é baseado em um projeto da Foster + Partners, e apresenta prédios residenciais, instalações educacionais, prédios comerciais e recreativos, e um extenso parque. A posição central estratégica da arena cria uma piazza espaçosa de mais de 10 mil metros quadrados na parte norte do terreno.
A forma elíptica da estrutura é uma reinterpretação do anfiteatro, reimaginado com tectônicas e materiais modernos. Ela é levemente rotacionada a partir do eixo norte-sul, com uma entrada principal no lado oeste. O prédio é suportado por um pódio elevado que ocupa a maior parte do terreno e se abre aos visitantes por uma ampla escadaria e uma entrada no nível da rua, cavada no pódio. No topo deste pódio, que é feito de materiais minerais, a arena se estende para o alto em forma de três anéis de várias alturas e que estão flutuando, um em cima do outro. O material metálico dos pódios é caracterizado por tubos de alumínio que brilham durante o dia e são iluminados durante a noite com faixas de led. Os anéis são conectados entre si e com o piso por ligas de vidro transparente.
Dois andares acima do piso da plateia e um outro andar com lounges e camarotes são localizados no interior da arena. Todos os assentos, assim como as instalações de catering são acessíveis por meio de saguões espaçosos em todos os andares. Espaços para estacionamento são localizados no próprio pódio e em um estacionamento de vários andares que evolui a partir do pódio e se estende em direção ao norte. Para garantir a minimização do consumo de recursos e de emissões de CO2, o prédio inclui sistemas fotovoltaicos no telhado que cobrem amplamente as necessidades de um prédio energeticamente eficiente.
O projeto deve ser finalizado até 2025. Após os Jogos, a arena será utilizada como casa de espetáculos, e como uma arena para esportes, eventos e festivais.